
Vivi a minha infância perto dos Bombeiros pelo que recordo todo o ritual que se associava a uma Associação Humanitária de parcos recursos, o baptismo das novas viaturas, as obras no quartel, os exercícios no esqueleto, os treinos das várias tentativas de lançar a fanfarra, o bar, o carro do comando, os fogos, os acidentes, os funerais, o Comandante Matias, o Gonçalves, os Piscos, o Modesto, o "Cajata", o Agostinho da Rampa Alta, o Martins que esteve na Marinha e lia o Abade de Jazente, o seu pai, e tantos outros. E lembro, naturalmente, os seus filhos, com quem brinquei, o Vítor, o Carlos, o Manel, o Adolfo, o Tónio, o João, o Zé, o Paulo. E os jogos da sameira, os ciclistas, o arco e flecha, as futeboladas no campo da feira, o esconde, e por aí adiante, até ao rio, à pesca, aos barcos, aliás, às guigas, ao areal e à Ínsua.
E a placa na entrada em mármore preto que homenageia Teixeira de Pascoaes (A obra "Guerra Junqueiro", conferência proferida no Teatro Amarantino em 19 de Março de 1950, foi dada à estampa nesse ano revertendo o produto da sua publicação a favor da Casa dos Bombeiros de Amarante).
Mestre Eduardo Teixeira Pinto cedeu-me esta fotografia de uma das muitas festas de finais dos anos 60 com o tradicional desfile de viaturas pertencentes às corporações convidadas (em primeiro plano um carro dos BV das Taipas). Um assombro!
PB
Sem comentários:
Enviar um comentário